Nota de repúdio
Em relação à acusação feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ sob o título de “Dirigente do Sintufrj é impedido de falar em reunião no HUCFF sobre Ebserh”, o diretor-geral do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF/UFRJ), Marcos Freire, manifesta-se através desta nota de repúdio:
Já com a reunião iniciada, o dirigente Esteban Crescente distribuiu material impresso durante a fala do diretor-geral, que abria a reunião, pondo em prática a usual panfletagem num local e ocasião absolutamente inadequados.
O citado dirigente, foi o primeiro a ter espaço para falar durante a reunião. Em sua fala, o dirigente Esteban se ateve a citar a comissão – que foi organizada em função do debate sobre a entrada da UFRJ no escopo de trabalho da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – sem apresentar sugestões produtivas e factíveis para o público ali reunido. A referida comissão foi criada em resposta a um compromisso do reitor, está em formação e não tem ainda um estudo pronto, ou uma postura concluída.
Como havia sido estabelecido um período de tempo – visto que teria que decorrer a reunião geral do HUCFF ainda durante a manhã encerrando-se ao meio-dia – o referido dirigente foi advertido para que concluísse sua fala (inclusive ele já havia falado também no início da reunião). Nesse contexto, a foto escolhida para ilustrar a matéria foi tendenciosa, posto que Esteban pôde proferir seu discurso por vários minutos, caminhando e gesticulando de forma bem audível a todos presentes.
Ressalte-se que a reunião agendada por esta direção-geral – destinada aos funcionários, colaboradores e prestadores de serviço do Hospital – não tinha como pauta o debate relacionado à adesão e, sim, disseminar informação, inclusive sobre o curso preparatório para o concurso da Ebserh – que foi organizado por funcionários da Divisão de Recursos Humanos (DRH) da Unidade.
Afirmar que houve impedimento de sua fala é uma acusação preocupante e leviana, já que é sabido que a direção do HUCFF sempre esteve aberta ao sindicato, sob diversas formas.
Outro ponto importante é que, em contraposição à afirmação de que a adesão ao sistema Ebserh sofra “oposição de importantes setores da comunidade universitária”, já foi sinalizado – por diversos profissionais da linha de frente do HUCFF e outras unidades de saúde do Complexo Hospitalar da UFRJ – que a adesão é a única forma factível de se adquirir mão de obra especializada para a abertura de leitos assim como a manutenção da capacidade de atendimento à população do Hospital Universitário de forma plena. Quem está no dia-a-dia da unidade hospitalar sabe quantificar e qualificar o esforço necessário para manter o funcionamento de um hospital do porte do Clementino Fraga Filho.
Sugerimos que o sindicato publique em seu jornal e suas redes os resultados da pesquisa sobre os contratos da Ebserh, já que informação é o que nos interessa, o que defendemos e divulgamos sempre. Negar e ser contra – pura e simplesmente – não favorece a ninguém, não produz nada. E vamos à luta que (nós aqui) temos um hospital público de excelência de grande porte para levar adiante, com muita garra e dedicação.